Em um sobrado, de cor avermelhada e azulejos opacos e também alguns caídos pelo desgaste do tempo. Mora um menino de pele amarelada, cabelo castanho claro, magro e franzinado de rosto descascado pelo sol intenso. Mostra manchas e rugas que encontra- se ali, apesar de sua pouca idade. Seus pés que tocam o asfalto ficam de tom acinzentado bastante escuro em atrito com o solo. Suas unhas não aparadas expressam sofrimento.
Sua alegria é andar de bicicleta que pegara emprestada, sem a permissão do dono. Nela faz estripulias, engraçando- se com outras pessoas, mas fica agressivo quando sente á aproximação de qualquer pessoa. Na noite escura e gélida de inverno, ele se contrai colocando os braços para dentro da camisa encardida e cheia de buracos provenientes de mordidas de baratas. Chega a ter a aparência de uma bola equilibrando- se agachado em cima de um tronco na parte de sua casa.
Tal situação, não comove os moradores, que se veem cegos, diante dos episódios frequentes. Apesar de o assunto ser repetitivamente falado, nenhum cidadão da sociedade encabeça alguma ação. Assim colocando algemas nas próprias mãos, dizendo. “A culpa é dos governantes!” Os dias seguem sem. Ninguém intervém, “Contribuindo para o bem de todos”.
Essa história é real e você deve conhecer inúmeros, meninos e meninas ou até famílias que passam por uma situação semelhante.
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