A qualidade e a quantidade de espermatozoides presentes no sêmen caiu cerca de 32% nos últimos 17 anos - 1,9% ao ano. A descoberta foi publicada na revista científica "Human Reproduction", após estudo com 26,6 mil homens no mundo todo. Isso pode reduzir as probabilidades de gravidez.
Em homens com idade média de 35 anos, a concentração de espermatozoides caiu de 73,6 milhões por mililitro (ml), em 1989, para 49,9 milhões/ml, em 2005. Neste período, houve também uma redução de 33,4% na porcentagem de espermatozoides morfologicamente normais, em estudo realizado na França.
O caso francês serve de referência para o mundo. Outros dois estudos mostram queda na qualidade do sêmen: a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia aponta queda da qualidade do sêmen desde 1930. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) precisou rever seus critérios sobre fertilidade masculina.
Com isso, a OMS revisou para baixo os valores considerados normais: de 20 milhões/ml na concentração para 15 milhões/ml; de 50% de espermatozoides móveis no sêmen para 40%. Outros índices tidos como normais no exame são: mais de 60% de espermatozoides vivos e mais de 4% de formas normais nos gametas.
Há alguns indícios sobre quais são os motivos da queda da qualidade do esperma humano, como tabagismo, poluição, estresse e obesidade.
Para combater o problema, dieta balanceada e exercício físico são algumas das recomendações. O balanço hormonal, afetado por substâncias químicas, também pode contribuir, segundo equipe de pesquisadores do estudo francês. Além disso, antioxidantes, como vitaminas C, E e ácido fólico, podem aumentar a fertilidade.
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