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Arqueológico acham e revela as 77 ervas do "elixir da juventude"

Quase 80 ervas medicinais maceradas em álcool e ópio: essa é a receita original do elixir da juventude, um achado arqueológico que documenta a tradição alquimista de Praga e tem reconhecimento de seus efeitos benéficos.

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O elixir foi descoberto durante a reconstrução de uma casa do bairro judaico, em pleno centro histórico da capital tcheca, cujas origens remontam ao século IX e que se salvou das ordenanças de saneamento ditadas pelos vereadores no século XIX, assim como das enchentes do verão de 2002.

A receita original do elixir é exibida ao público no Museu Speculum Alchimiae em uma exposição permanente com um percurso no qual, além de seu recipiente original, estão os fornos dos alquimistas, despensas de plantas medicinais, a fábrica de vidro para os experimentos, assim como a sala de estudos e de boas-vindas.

Após ser analisada pelos monges beneditinos de Rajhrad, que ainda hoje regem uma botica tradicional à base de ervas medicinais e tentam recuperar receitas esquecidas do Medievo, foram estabelecidos os 77 componentes do elixir, além do álcool e do ópio, para a juventude eterna.

"O elixir da juventude é utilizado a cada dia no amanhecer, tomando uma pequena colherada antes do café da manhã", explicou Snajdrova.

Com um sabor que lembra a "becherovka" (feito a base de água de Karlsbad, álcool, açúcar e uma mistura amarga de 32 ervas medicinais e especiarias), o elixir "tem um efeito armonizador sobre o organismo", acrescentou. Snajdrova esclareceu que "na realidade é um licor de ervas com efeitos curativos". Como exemplo, relata que um homem com uma úlcera de estômago ficou curado depois de tomá-lo.

Os alquimistas trabalharam também em outras beberagens, como o elixir do amor e da memória, e trataram de descobrir a pedra filosofal para transformar os metais comuns em ouro e prata.

Combatida pela monarquia dos Habsburgo por considerá-la uma "porta do ocultismo", a produção destas bebidas ficou confinada então aos porões com má ventilação do bairro judaico, já que a religião hebraica "era mais tolerante" com a alquimia.

Porém, a prática foi permitida durante o reinado de Rodolfo II, grande mecenas das artes, da astronomia e outros saberes, que transferiu a capital do Sacro Império Romano Germânico para Praga em 1583, explicou Snajdrova.

Muitas dessas receitas têm efeitos benéficos e são vendidas hoje aos turistas na antiga casa. Assim, afirmou a guia tcheca, o elixir do amor, que estão tentando reproduzir agora, na realidade não passa de um "Viagra natural".

Fonte: Terra